terça-feira, 14 de maio de 2013

SAVE E A INTERTV no Green Rio

No dia 10 de maio de 2013 foi ao ar a reportagem realizada pela Rede InterTV, afiliada da rede Globo para região serrana do estado do Rio de Janeiro, com a responsável técnica da SAVE Agroindustrial Mary Lucia Lima de Sousa, médica veterinária durante a realização do Green Rio 2013 que aconteceu no Espaço Tom Jobim, do Jardim Botânico do Rio de janeiro nos dias 8 e 9 de maio .

Transcrevemos abaixo os principais pontos da entrevista.

INTERTV:
– De que região vem o palmito orgânico?
SAVE
– A fábrica da Riopalmâ localiza-se na região serrana do RJ , no município de Cachoeiras de Macacu na divisa dos municípios de Teresópolis e Nova Friburgo . Está inserida em uma reserva ecológica protegida por unidades de conservação particulares e pelo Parque dos Três picos. O cultivar é a palmeira real, selecionado visando permitir o desenvolvimento de um sub-bosque formado por espécies nativas da Mata Atlântica, que predominavam na região. A transformação de antigas áreas de pastagens degradadas em corredores florestais, além de proteger a espécie nativa, o juçara, em extinção na Mata Atlântica se constitui portanto num projeto de desenvolvimento sustentável.


INTERTV
– Quantas pessoas trabalham na fábrica?

SAVE
- Atualmente temos cerca de 8 colaboradores fixos sendo que na época do corte agregamos de 2 a 3 trabalhadores temporários para esta tarefa.

 
INTERTV
– Quantos vidros são produzidos por dia?

SAVE
– Tomando como base o pote de 300 g de produto, a capacidade instalada da fábrica é de 1000 potes /dia, em dois turnos. Atualmente ainda estamos com apenas um turno e a produção diária efetiva varia conforme a demanda. O tempo de maturação da palmeira até o corte é de 36 meses.


INTERTV
- E a fábrica está em expansão?

SAVE
– Sim . Estamos concluindo construção de um galpão adicional com 300 m2 de área construída em parceria com o Programa Prosperar da Secretaria de Agricultura do Estado do RJ . Este novo espaço deverá abrigar o novo deposito de embalagem, descartáveis, insumos e um moderno centro de treinamento.

 
INTERTV
-.Qual o objetivo da participação da SAVE no evento?

SAVE
– Divulgar a marca Riopalmâ e como preparação para os futuros eventos que acontecerão no Rio de Janeiro como a Copa das Confederações, Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.


INTERTV –
E com relação ao mercado?

SAVE
– O mercado de orgânicos está em forte ascensão e no caso da produção de palmito orgânico de palmeira real em conserva, esta fábrica é a única no estado do Rio.
E a maior oferta ainda é proveniente da região norte com o palmito de açaí, cujas áreas de extração encontram-se a cerca se 3000 Km de distancia. Portanto dada a nossa localização próxima a um grande centro consumidor como o Grande Rio, onde acontecerão os citados eventos, as perspectivas mercadológicas são bastante promissoras.



         

      
Equipe InterTV: Maria Valente e Jairo Martins – 08.Maio. 2013
SAVE Agroindustrial e Rede INTERTV - Direitos autorais reservados
Riopalm® -
Palmitos orgânicos de excelência.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012




     

ENTREVISTA DE SAVE PARA A REDE  INTERTV

 
Veja o vídeo                                                                       Visite o site Riopalm


 

Em setembro de 2012 foi ao ar a reportagem realizada pela Rede InterTV, afiliada da rede Globo para região serrana do estado do Rio de Janeiro, com o diretor da SAVE Agroindustrial Mário Augusto Signorelli. Transcrevemos abaixo os principais pontos da entrevista.

 
INTERTV- Porque foi escolhido o plantio de palmito na Fazenda S. Sebastião?

SAVE - Originalmente, em 1997, éramos a SAVE- Sistemas para Agronomia e Veterinária LTDA , empresa de agroinformática. que foi pioneira no desenvolvimento de bancos de dados na web para o setor rural. A fazenda, anteriormente voltada para a criação de gado, foi rapidamente manejada para a atividade de silvicultura. Os cultivares selecionados, aproveitando o clima e a topografia locais o foram o mogno amazônico, o neem indiano e a palmácea produtora de palmito, palmeira-real-da-austrália. Estas espécies selecionadas visaram permitir o desenvolvimento de um sub-bosque formado por espécies nativas da Mata Atlântica, que predominavam na região, num projeto para transformação de antigas áreas de pastagens degradadas em corredores florestais. Com respeito ao manejo do solo, devido a topografia acidentada da região, estas escolhas vieram também atender a um principio básico em agronomia que é o cultivo em curvas de nível e o tratamento da planta apenas em covas, o que minimiza o manuseio do solo em forma extensiva, forma esta que geralmente favorece os efeitos nocivos erosão e da perda de nutrientes por lixiviação.

INTERTV- A escolha da palmeira-real-australiana como produtora de palmito teve alguma motivação especial ?

SAVE- Sim . Como coadjuvante para o objetivo final do projeto que é o reflorestamento com nativas, este cultivar foi escolhido pois não perfilha ( rebrota ), não é uma invasora ( não se reproduz espontaneamente com a queda de sementes), permitindo portanto cumprir seu papel de precursora de ciclo curto ao gerar condições favoráveis para o crescimento inicial das nativas à sua sombra. Além de suas características para produção de um palmito de excelente qualidade, muito semelhante ao do palmito da palmeira nativa juçara, listada como uma das espécies nativas em extinção e com extração proibida.

INTERTV- E a razão de se optar pelo cultivo orgânico...
 

SAVE - Além uma preferencia pessoal, a escolha foi uma questão de coerência, em respeito as características edafoclimáticas locais pois alem de constituir um santuário ecológico, cercado por unidades de conservação, a região é cortada por rios cristalinos, que são formados pelas inúmeras nascentes de água mineral que compõe um importante aqüífero. A opção pelo cultivo orgânico que prima pela sustentabilidade através do cultivo sem uso de adubos químicos , defensivos ou agrotóxicos veio de encontro a preservação da biodiversidade local, representada pela fauna, flora e conservação do solo.

INTERTV- E o cultivo orgânico é mais caro que o tradicional?

SAVE - Sim, mas não muito. Nem tanto pelo custo dos insumos orgânicos comparando-se com os tradicionais, mas pelos maiores cuidados requeridos no cultivo, demandando mão-de-obra mais dedicada e qualificada. Porém o grande ganhador é aquele consumidor que reconhece os benefícios de um alimento mais saudável para o organismo humano e portanto não se importa em pagar um pouco mais, tendo em vista um objetivo superior. Daí a importância deste esclarecimento para a população.

INTERTV - E quanto à rentabilidade...

SAVE - Considerando o cultivo de palmito, de uma árvore adulta com cerca de 100 Kg, apenas se aproveita em torno de 0,5 Kg como alimento humano( polpa de palmito ). Todavia pode-se agregar valor a produção levando em conta outros sub-aproveitamentos : como volumoso para alimentação de gado( folhas verdes ), vasos para floricultura ( tronco) e artesanato de fibras ( folhas secas ); isto significa tanto ou mais que a rentabilidade obtida com a simples produção de palmito, que apesar de representar um valor intrínseco bastante atrativo, possui um alto custo de beneficiamento e custos adicionais com exigências sanitárias e de certificação orgânica. Mesmo assim, a cultura de palmito possui uma rentabilidade superior à maioria das culturas tradicionais embora requeira maior investimento inicial e um ciclo de produção longo: num hectare com cerca de 15.000 mudas pode-se obter, a partir de de 3 anos, um rendimento líquido agrícola, apenas do palmito de   R$ 15.000,00 por hectare/ano.
 
 
 
 
 
 
 

 

Equipe InterTV: Bruna Verly e Alex Almeida

SAVE Agroindustrial e Rede INTERTV - Direitos autorais reservados

Riopalm® - Palmitos orgânicos de excelência



terça-feira, 17 de janeiro de 2012

DESIDRATAÇÃO DE FRUTAS E VEGETAIS EM ESCALA AGROINDUSTRIAL

RESUMO

Ao decidir incorporar mais tecnologia ao seu processo produtivo ou galgar para um patamar estruturalmente superior, como o agroindustrial, o empresário rural além de agregar valor ao seu produto, certamente teve em mente o seu papel econômico - social que é o de explorar com maior produtividade e sustentabilidade os recursos naturais, reconhecendo-os como bens sociais e assim inibindo a pobreza que é, comprovadamente, o principal fator de degradação ambiental.

Agregar valor e garantir uma maior eficiência do ciclo produtivo e qualidade superior aos produtos, significa também viabilizar sua comercialização em mercados mais exigentes e competitivos, abrindo então maiores perspectivas de sustentabilidade da exploração, de forma individual ou através de cooperativas que participem da cadeia.

Por vocação natural o Brasil poderá tornar-se líder mundial em produção de frutas; resta provar que esta meta pode ser tão realística quanto a de aumentar a renda do produtor rural sem que disto decorra degradação ambiental.

Antes considerado dilema, este enfoque é justamente o desafio proposto neste artigo.



                                                    Save Associação – 2012 . Direitos Reservados




A AGREGAÇÃO DE VALOR COMO FATOR DE SUSTENTABILIDADE
Há muito, os costumes e hábitos tem levado a se tratar as áreas florestadas como um bem de consumo imediato, o que vem causando a destruição permanente e contínua da florestas.

Posteriormente e ante a falta de modelos adequados, uso das terras remanescentes de florestas tem sido feita de forma totalmente incorreta e não sustentada, resultando em grande destruição e pouca atividade econômica. Em muitos casos, devido ao atual estado de degradação ambiental de certas regiões que já foram florestadas e hoje desenvolvem práticas agropecuárias, as populações rurais sobrevivem precariamente com os parcos resultados da produção pecuária e de inexpressivas lavouras de subsistência. Isto provoca grande êxodo rural, abandono de muitas propriedades rurais e migração para áreas urbanas.
O desconhecimento dos efeitos da conservação da biodiversidade, dos princípios do desenvolvimento
sustentável, de tecnologias de sistemas agroflorestais e dos benefícios do associativismo ou do cooperativismo, tem concorrido, para a continuidade da prática de modelos tradicionais de agricultura e de pecuária, da utilização predatória das espécies em extinção da fauna e da flora, da utilização dos recursos hídricos e da biomassa de forma não sustentada, e finalmente das queimadas, causadoras da perda da fertilidade do solo e da diversidade florestal.
Agregar valor ao produto agropecuário tem sido uma meta exaustivamente buscada por produtores e autoridades responsáveis pelo desenvolvimento do setor primário, onde se aloja a agricultura. As contradições que este setor encerra como, por exemplo: a) ser alavancador do processo de distribuição de renda como intensivo absorvedor de mão de obra, mas apresentando problemas sociais no campo; b) representar cerca de 40 % do PIB nacional e 60 % das exportações( superavitárias) e oferecer baixíssimas remunerações médias ao produtor rural; fizeram com que esforços fossem concentrados no aspecto tecnológico, considerado como fator chave para minimizar essas discrepâncias e propiciar a inversão desse quadro.
Este projeto busca portanto, resgatar valores econômicos-sociais locais, ao revelar seu efeito multiplicador na geração de emprego e renda na cadeia da fruticultura tropical.

2. Mercado.

A fruticultora tropical brasileira, reflete também um paradoxo, pelo fato do ser o terceiro produtor e consumidor mundial de frutas, mas deter uma tecnologia ainda insuficiente para fazer face aos desafios atuais do mercado de externo, exceção para o setor de sucos de frutas , e de iniciativas bem sucedidas de exportação de fruta "in-natura" .(Vide Quadro I, abaixo)
Daí a importância dos investimentos realizados no setor de biotecnologia para obtenção de novos cultivares com maior produtividade e resistentes a pragas e doenças, tanto por organismos governamentais quanto por empresas privadas.
Num mercado mundial estimado em US $ 20 bilhões, países como o Japão, por exemplo importam o equivalente a US $ 300 milhões de frutas "in natura", oferecem um mercado excepcional.


QUADRO I

MERCADO MUNDIAL DE FRUTAS E O BRASIL

FONTE: {FIRJAN, CIRJ, et al. 2000 ID: 2}/1997 e FAO/1995
                                     US$ bilhões
Mercado mundial de frutas "in natura" e desidratadas                           27,0

Mercado mundial de frutas "in natura"                                                   20,0

Complexo soja ( a titulo de comparação )                                               16,0

Brasil exportação de frutas "in natura" e desidratadas( 0,5 % )                0,1

PRODUCAO MUNDIAL DE FRUTAS E O BRASIL

FONTE: FIRJAN/1997 e FAO/1995

  Brasil : 32 milhões de toneladas de frutas produzidas anualmente ( 3º º produtor mundial)

Banana: 39 % do total( a fruta mais comercializada do mundo), movimentando cerca de 5 US$ bilhões anualmente.

3. PROCESSAMENTO DO PRODUTO AGROFLORESTAL

Dentre as alternativas adequadas para processamento do produto agroflorestal, nível de produtor, uma das mais acessíveis é a desidratação de frutas e vegetais.

Estufas ou fornos para secagem, desidratação e/ou fabricação de passas de frutas, como são normalmente conhecidos, são compostos por sistemas de aquecimento e insuflação estáticos, com o ar quente atravessando a estufa longitudinalmente através de bandejas contendo as frutas. Isto requer um remanejamento periódico do posicionamento relativo das bandejas com relação a fonte quente, de forma a homogeneizar a secagem das frutas ( passas de banana, abacaxí, maçã, caqui, goiaba, etc ) e vegetais ( batata desidratada, tomate-seco, etc)

Uma inovação consiste em construir a estufa de forma cilíndrica, formado por uma estrutura metálica que sustenta as diversas canaletas onde se alojam as rodas dos carrinhos porta-bandejas. A estufa é dotada de um sistema de insuflação múltiplo estático sob o piso giratório, com retroalimentação, o qual, favorecido pelo giro da estrutura do piso, permite um fluxo térmico homogêneo em todas as bandejas, dispensando portanto o remanejamento periódico das mesmas. O equipamento propiciará uma redução de até 60% do tempo total do ciclo do sistema convencional, além de acrescentar, pelo melhor balanço térmico, um significativo ganho de qualidade ao produto final( traduzido num menor teor de umidade das frutas e vegetais desidratados, o que representa melhor sabor, melhor apresentação dentro da embalagem e principalmente maior conservação na prateleira).

Uma estrutura inferior articulada a um eixo central com elevador, gira o piso apoiado em rodízios que rolam sobre setores circulares concêntricos com o eixo e cria um plano inclinado facilitando a descarga dos carrinhos.

Os principais beneficiários da implantação de tecnologias que propiciem o desenvolvimento sustentável são os próprios habitantes das comunidades envolvidas, próximas a pólos de fruticultura ou arranjos produtivos locais que terão um significativo ganho na sua qualidade de vida, não somente pelo aumento da renda como em decorrência da conservação ambiental pelas novas praticas de exploração dos recursos naturais existentes no entorno dessas comunidades.

                                                                  Desidratador industrial para frutas e vegetais .                                               
          Patente registrada no INPI



SAVE® AGROINDUSTRIAL LTDA – 2015 – Direitos Reservados


quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

SUBSTITUIÇÃO E PRESERVAÇÃO DE ESPÉCIES EM EXTINÇÃO, POR PALMITO CULTIVADO



A comprovação da viabilidade econômica da substituição de artefatos derivados de xaxim (samambaiaçu - imperial, xaxim- Dicksonia sellowiana Hook ), incluído na lista de espécies nativa em extinção na Floresta Atlântica e com extração proibida, por subproduto do manejo ecológico de palmito cultivado da espécie palmeira real australiana ( Archontophoenix alexandrae ), foi alvo de trabalho recente realizado pela ONG SAVE- Associação Santuário de Vida Ecológica,.

O samambaiaçu ou popularmente, xaxim, foi utilizado por quase um século como vaso recipiente para plantas ornamentais, principalmente orquídeas. Sua maneabilidade, traduzida na facilidade de manufatura e acabamento final, sua constituição natural derivada de um caule com dezenas de anos de formação, contendo um espesso tecido vegetal altamente higroscópio e as intrínsecas propriedades para enraizamento e proteção da planta hospedada, conferiram a este cultivar uma capacidade inigualável.

Todavia, após longo período de exploração predatória, a exemplo de outras espécies da Floresta Atlântica, como o próprio palmito nativo (juçara- Euterpe edulis ), acabaram por tornar esta espécie cada vez mais rara culminando por inclui-la na lista de espécies em extinção, tendo sido sua extração com extração proibida.

A inviabilidade de cultivar esta planta em escala comercial, devido ao longo período exigido até sua maturação propícia ao corte( mais de 50 anos ) e o crescente interesse dos consumidores por alternativas legais e ecológicas, exigiu dos floricultores e fabricantes de vasos ornamentais a busca por sucedâneos economicamente atrativos e que atendessem as tendências do mercado e ao rigor da legislação ambiental. Uma das alternativas testadas foi o aproveitamento de subprodutos do manejo de palmeira- real - australiana ( PRA ) para produção de palmito ecológico cultivado.

Alem de apresentar todas as características favoráveis do xaxim, e até suplantá-las em alguns aspectos, alia o fato de que seu cultivo vem a também reduzir o impacto sobre a exploração predatória do palmito nativo juçara que até hoje representa mais de 50% da oferta global de palmito clandestino no mercado da região sudeste.



CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DOS CULTIVARES

Xaxim ( samambaiaçu-imperial, xaxim, xaxim-verdadeiro ou xaxim-bugio).

NOME CIENTÍFICO: Dicksonia sellowiana Hook . . Família: Dicksoniaceae

Características morfológicas:

Árvore do grupo das pteridófitas, uma samambaia arborescente, de 1-6 m de altura, tronco de 10-120 cm de diâmetro, formado por diversas camadas de raízes adventícias, que nascem do caule e se entrelaçam,
Folhas compostas, de até 2,40 m de comprimento. Flores ausentes. Fruto ausente. Sementes ausentes.
Uso: árvore utilizada pelo paisagismo em geral: madeira fibrosa, empregada na fabricação de vasos(Xaxim), placas, palitos e substrato para o cultivo de bromélias e orquídeas. As folhas são usadas contra sarna, coceira no corpo e solitária pelos índios brasileiros. Também servem como fonte de fibras e parecem ter valor medicinal no sistema respiratório. Já existe uma patente que reserva o direito sobre o uso e os processos de obtenção - a partir das folhas, do caule, do miolo ou da raiz - do extrato, da seiva, da tintura, da massa e de outros produtos derivados do Xaxim, que tenham emprego na medicina, na fitoterapia, nutrição, alopatia, veterinária, farmacologia, industrias alimentícia e cosmética. Espécie em extinção com extração proibida por lei.

 
 
     Samambaiaçu – imperial ( Xaxim )



Palmeira real australiana
NOME CIENTÍFICO :Archontophoenix alexandrae; FAMÍLIA: Arecacea

Características morfológicas:

As espécies de palmeiras comumente chamadas de Palmeira Real Australiana ou Palmeira Real da Austrália de Alexandra, cujo nome cientifico é Archontophoenix alexandrae Wendl. Et Drude, são endêmicas do leste da Austrália, região tropical de Queensland, em altitudes inferiores a 1000 m. Possui características desejáveis para seu beneficiamento, onde o estipe é único e proeminente na base, as cicatrizes foliares são regularmente dispostas no sentido horizontal. A palmeira real australiana era utilizada em nosso país, até recentemente, apenas como ornamental.O interesse por essa palmeira como produtora de palmito só começou a partir de 1990, quando a exploração predatória da palmeira Juçara na região Sudeste do Brasil e do Açaí no norte, tinha alcançado o máximo de nossas reservas.
Atualmente, a palmeira real australiana tem sido considerada como potencial para exploração racional de palmito, devido
principalmente às suas características de precocidade, rusticidade e qualidade do palmito. Palmeira Real Australiana


                   Palmeira-real-australiana

ASPECTOS TÉCNICO-ECONOMICOS DO APROVEITAMENTO DAS ESPÉCIES COMO SUBSTRATO  ORNAMENTAL

A agroindústria brasileira do palmito é responsável pela maior produção mundial de palmito envasado. Gerando como conseqüência toneladas de resíduos no meio ambiente. O processo de extração do palmito se dá pelo corte da palmeira, na qual somente a bainha interna é utilizada para o consumo, o restante composto por caule (estipe), folíolos e bainhas externas e internas são descartados tornando-se um passivo ambiental. Neste contexto, os resíduos bainha, estipe e folíolo gerados na agroindústria do palmito da palmeira-real-da-austrália, foram utilizados com substrato no cultivo das orquídeas; Dendrobium phalaenopsis e Phalaenopsis aphrodite. Diante do exposto, os resíduos do gênero Archontophoenix (palmeira-real-da-austrália), são de grande potencial para serem utilizados como componentes de substratos no cultivo da espécie D. phalaenopsis, podem ser também uma alternativa econômica na substituição do xaxim, substrato mais utilizado no cultivo de orquídeas epífitas


        Vaso de plástico rígido: 3 anos de duração útil 
       e 100 anos para degradação total no ambiente






Vaso de tronco de PRA:  2 anos de duração útil 
e apenas 1 ano para sua degradação total.


         
      Samambaiaçu, 50 anos para o ponto de corte


                                                     
                                                            Palmeira-real, 3 anos para o ponto de corte
                                                                      


Artesanato de PRA; uma alternativa ecológica sustentável


 
CONCLUSÃO

Um dos objetivos da SAVE Associação, no seu viés sócio-ambiental, é resgatar os valores básicos de cidadania perdidos pela maioria dos habitantes trabalhadores da sua região de atuação, através do oferecimento de novas perspectivas de atividades praticadas tendo como foco o desenvolvimento sustentável, que propicie aumento do emprego e a geração de renda.
A substituição de espécies em extinção em decorrência de anos de exploração predatória tais como, samambaiaçu, (Dicksonia sellowiana Hook), para produção de xaxim e da palmeira juçara ( Euterpe edulis ), ambas com exploração proibida, por sucedâneos ecológicos com exploração sustentável, como por exemplo a palmeira real australiana ( Archontophenix alexandrae ), abre novos horizontes para a fixação do agricultor no campo ao  apresentar novas perspectivas de geração de renda, fortalecendo o aspecto econômico e mitigando fatores  de risco à degradação ambiental e de desequilíbrio social  tais como o crescente êxodo rural para as grandes cidades .


REFERÊNCIAS:
CONDACK, J.P.S. 2010. Dicksoniaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de
Janeiro | SCHMITT, Jairo Lizandro;
SCHNEIDER Genetic parameters estimation in King palm through a mixed mating system model. Horticultura Brasileira, Brasília, v. 21, n.1,  p. 93-98, 2003.
, Paulo Henrique and WINDISCH, Paulo Günter. Crescimento do cáudice e fenologia de Dicksonia sellowiana Hook.
SIGNORELLI, M. A . PDA_SAF na recuperação de fatores abióticos de áreas degradadas . VIII CBDMA.
Clube de Engenharia. 2007. - PDAMA- MMA
BOVI, M.L.A.; BOVI, M.L.A.; RESENDE, M.D.V.; SPIERING, S.H.   200 anos para  degradação total
EDUARDO ADENESKY FILHO 1 ; ROSETE PESCADOR 2; LORENA BENATHAR BALLOD TAVARES 3; RICARDO CARUSO 4. Aspectos técnico-economicos do aproveitamento das espécies como substrato ornamental . 1 Departamento de Ciências Naturais, 2 Laboratório de Biotecnologia  Micropropagação Vegetal - FURB; 3 Departamento de Engenharia Química - FURB; 4  Acadêmico de Engenharia Florestal do Departamento de Engenharia Florestal -  FURB.


Associação Santuário de Vida Ecológica





quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

SAVE AGROINDUSTRIAL E O INOVA / FIRJAN

                                                                                               
        
Entrevista de SAVE AGROINDUSTRIAL à INOVA / FIRJAN




A RIOPALM empresa do grupo SAVE que desenvolve projetos e oferece soluções tecnológicas de otimização de processos para a indústria de alimentos foi a escolhida para sediar uma das visitas do programa Troca de Experiência e Inovação do Sistema FIRJAN realizada na Sede da Empresa em outubro de 2010, a visita, segundo seu CEO, Mário A . Signorelli apresentou, uma excelente oportunidade para o intercâmbio de experiências, com foco no aumento da competitividade neste ramo do setor industrial.

 




INOVA – De que forma avalia o papel da inovação tecnológica para a competitividade da SAVE?


SAVE

SAVE é uma empresa que valoriza a busca pelo conhecimento e acredita no uso de métodos científicos e tecnológicos para o desenvolvimento de seus produtos. Assim, tem investido em parcerias com centros de excelência em ensino e pesquisa sobretudo no setor de tecnologia de alimentos. Atualmente, SAVE está gerenciando dois projetos nesse segmento com a UFRJ, UERJ e com o SENAI / CETEC, através do qual além do desenvolvimento de projetos em tecnologia de alimentos, se mantêm um plano contínuo de aperfeiçoamento e atualização de conhecimentos por meio do incentivo à formação técnica, da participação em congressos nacionais e internacionais e também em programas de treinamento.





I – Quais os principais produtos de sucesso nos últimos dois anos?

S -  
Com foco apenas em P&D, podemos citar a implantação da Fábrica da RIOPALM, um projeto de otimização em processo de beneficiamento de palmito em conserva e produção de geleias de frutas, essencial para gerar vantagem competitiva no mercado, garantindo a qualidade e segurança alimentar dos produtos finais fornecidos aos clientes e também com apoio das universidades no Brasil ( UFRJ e UERJ ) e no exterior através das parceiras do IBD, entidade certificadora de alimentos orgânicos.

Em fase de implantação destacamos também o projeto Estufa Rotativa para Frutas, em parceria com a UERJ e o INT, do qual SAVE detêm a patente tecnológica no INPI deste modelo de utilidade, para produção de alimentos orgânicos desidratados em escala industrial.


I – Inovar nos produtos foi fundamental para a SAVE se habilitar a fornecedora do COMPERJ?


S -
Sim. Apresentar soluções diferenciadas e eficientes sempre se constituiu numa característica que atrai muito os clientes . Durante os primeiros dez anos da nossa história, praticamente todos os projetos que executamos em parceria, foram de inovação tecnológica com responsabilidade social como por exemplo o patrocínio da PETROBRÁS a SAVESA, uma ONG mantida por SAVE, que tem como um dos objetivos a preservação da Mata Atlântica na região Serrana do Rio.


I – Qual a importância do Programa de Troca de Experiência , do Sistema FIRJAN?


S –
Trata-se de um facilitador e acelerador do processo de inovação. Apresentar em um mesmo ambiente diversos cases para serem discutidos e serem compartilhados em seus desafios e soluções para inovar é essencial para evoluirmos na gestão de projetos de pesquisa e tecnologia. Consideramos importante poder participar do programa e transmitir um pouco da nossa experiência com outros empresários de forma muito rica e prazerosa.

domingo, 27 de novembro de 2011

RASTREABILIDADE NOS ALIMENTOS ORGÂNICOS PROCESSADOS

RASTREABILIDADE NOS ALIMENTOS ORGÂNICOS PROCESSADOS



Sabor, aspecto e padronização em conformidade com os padrões regulamentares estabelecidos pelas normas de Vigilância Sanitária e dos procedimentos de Boas Praticas de Produção e Fabricação – BPPF; e Análise dos Perigos e dos Pontos Críticos de Controle- APPCC. Estes são os fatores chaves para o atendimento do Programa de Alimento Seguro- PAS, onde e quando exigido conforme o tipo de alimento, como por exemplo o palmito em conserva.

Como principal ferramenta para atendimento deste requisitos, a Rastreabilidade encontra-se em primeiro plano. Por conta disto a SAVE, com a assistência técnica do Centro de Tecnologia de Alimentos –CTEC/SENAI, desenvolveu desde 2008 um programa de rastreabilidade, para monitorar todos os elementos que podem impactar os fatores elencados acima.

Em um sistema de gerenciamento de banco de dados, estão detalhados todos os aspectos relevantes associados a: seleção de sementes, viveiro de mudas, plantio, tratos culturais, colheita, transporte, recepção e seleção de matéria prima, processamento, quarentena, expedição, comercialização, estocagem e exposição dos produtos no ponto de venda, atendimento ao consumidor final e relacionamento pós- venda.

A rastreabilidade não deve ser encarada como uma simples exigência normativa ou um fator gerador de custos adicionais; mas uma ferramenta necessária para manter a qualidade e a segurança alimentar do produto, tal como um fator chave-de-sucesso, que deve permear a nossa conduta pessoal no dia-a-dia.

Em adição, a estatística dos resultados decorrentes do bom desempenho de um programa de rastreabilidade, pode constituir importante instrumento de marketing, no sentido de demonstrar e dar transparência aos clientes quanto a verificação histórica deste fatores chaves ao longo da vida de cada produto, bem como espelhar a seriedade incorporada pela empresa em suas condutas ética e de responsabilidade social.

Da mesma forma, no caso da produção orgânica, a rastreabilidade também assume aspecto estratégico, na monitoração e no gerenciamento de todos os elementos da cadeia produtiva e ainda mais na sua interação com o meio ambiente externo.

Não obstante os maiores desafios para o aprimoramento dos mecanismos de rastreabilidade estarem sendo lançados pela grandes empresas, mormente grandes redes de supermercados e grandes atacadistas, as exigências decorrentes de sua adoção tem obrigado os fornecedores, de todas as dimensões a reverem seus conceitos de inovação e atualização, no sentido de se prepararem para atender aos requisitos associados aos programas de Garantia de Origem, adotados pelas grandes empresas compradoras.

Da fazenda ao consumidor final, o uso de padrões que servem como base para a troca de dados entre todos os elos da cadeia produtiva é essencial para implementar o processo de rastreabilidade do alimento orgânico. O padrão global GS1 de código de barras torna possível esta rastreabilidade, tanto no distribuidor quanto no varejista, permitindo identificar de forma inequívoca a origem dos produto e seu destino. Benefícios adicionais tornam o controle de estoque e o de prazos de validade no modo FIFO ( first in-first out ), mais eficientes.

Como estado da arte em sistemas de rastreabilidade, vale citar sua utilização baseada na web, através uma plataforma de integração de dados para que o consumidor possa acessá-las por um site ou celular.








Fontes: Save Associação ( www.save.org.br ) e Brasil em Código – GS1 Brasil ( www.gs1br.org )








terça-feira, 20 de setembro de 2011

QUALIDADE DO PRODUTO E SEGURANÇA ALIMENTAR

A qualidade do palmito da palmeira Real Australiana (Archontophoenix alexandrae)


O palmito foi processado como conserva acidificada e pasteurizada e submetido às análises de comprimento e diâmetro dos toletes, peso bruto, líquido e drenado, espaço livre, vácuo, pH, avaliação microbiológica, cor e textura objetivas e avaliação sensorial quanto à cor, aparência, textura, sabor e preferência geral. Os resultados da pesquisa mostraram que o palmito da palmeira Real é adequado para processamento em forma de conserva acidificada e pasteurizada, apresentando características sensoriais semelhantes às das outras variedades. Do ponto de vista da estabilidade ao armazenamento, as análises físico-químicas e microbiológicas mostraram que o palmito da palmeira Real em conserva se apresentou estável durante o período de doze meses de armazenamento. Pode-se afirmar então, que a palmeira Real Australiana apresenta boa qualidade em termos de industrialização na forma de palmito em conserva acidificada e pasteurizada.

O Brasil destaca-se quanto à industrialização de palmito em conserva acidificada e pasteurizada tanto pela quantidade processada quanto por suas pesquisas nesta área. Antes da década de 60 a produção básica de palmito vinha principalmente da costa meridional do país, sendo extraído da palmeira Juçara. O Estado de São Paulo era então o primeiro produtor. O ritmo da exploração, sem o correspondente replantio, fez cair rapidamente o número de palmeiras nativas nessa região. Esta escassez de matéria-prima acarretou a mudança das maiores empresas processadoras de palmito para o estado do Pará, então com extensas reservas de açaizeiros.

O uso racional de outras palmeiras para a produção de palmito tem sido uma das alternativas para diminuir a pressão de exploração sobre as espécies Euterpe edulis e Euterpe oleracea. Dentre as várias palmeiras passíveis de serem cultivadas para esta finalidade, merece destaque a palmeira Real Australiana, Archontophoenix alexandrae, devido principalmente às suas características de precocidade e rusticidade. Esta palmeira era utilizada em nosso país até recentemente, apenas como planta ornamental. O interesse por esta palmeira como produtora de palmito começou a partir dos anos 90, quando a exploração predatória da palmeira Juçara na região Sudeste do Brasil e do Açaí no Norte tinham alcançado o máximo, e nossas reservas de palmito nativo já estavam bastante dilapidadas. Estudos efetuados com plantas dessas espécies atestam a viabilidade de seu cultivo em nosso país.

A produção de palmito nas espécies Archontophoenix é feita a partir de dois anos de campo, desde que cultivadas em regiões aptas e com adubação apropriada. As espécies tradicionais levam de 8 a 12 anos para estarem prontas para o corte. Por ser recomendada para plantio em pleno sol, elimina os problemas que os proprietários rurais têm enfrentado com a legislação existente para áreas cobertas com matas naturais, possibilitando ainda maior tecnificação da cultura, através da mecanização.