Sabor, aspecto e padronização em conformidade com os padrões regulamentares estabelecidos pelas normas de Vigilância Sanitária e dos procedimentos de Boas Praticas de Produção e Fabricação – BPPF; e Análise dos Perigos e dos Pontos Críticos de Controle- APPCC. Estes são os fatores chaves para o atendimento do Programa de Alimento Seguro- PAS, onde e quando exigido conforme o tipo de alimento, como por exemplo o palmito em conserva.
Como principal ferramenta para atendimento deste requisitos, a Rastreabilidade encontra-se em primeiro plano. Por conta disto a SAVE, com a assistência técnica do Centro de Tecnologia de Alimentos –CTEC/SENAI, desenvolveu desde 2008 um programa de rastreabilidade, para monitorar todos os elementos que podem impactar os fatores elencados acima.
Em um sistema de gerenciamento de banco de dados, estão detalhados todos os aspectos relevantes associados a: seleção de sementes, viveiro de mudas, plantio, tratos culturais, colheita, transporte, recepção e seleção de matéria prima, processamento, quarentena, expedição, comercialização, estocagem e exposição dos produtos no ponto de venda, atendimento ao consumidor final e relacionamento pós- venda.
A rastreabilidade não deve ser encarada como uma simples exigência normativa ou um fator gerador de custos adicionais; mas uma ferramenta necessária para manter a qualidade e a segurança alimentar do produto, tal como um fator chave-de-sucesso, que deve permear a nossa conduta pessoal no dia-a-dia.
Em adição, a estatística dos resultados decorrentes do bom desempenho de um programa de rastreabilidade, pode constituir importante instrumento de marketing, no sentido de demonstrar e dar transparência aos clientes quanto a verificação histórica deste fatores chaves ao longo da vida de cada produto, bem como espelhar a seriedade incorporada pela empresa em suas condutas ética e de responsabilidade social.
Da mesma forma, no caso da produção orgânica, a rastreabilidade também assume aspecto estratégico, na monitoração e no gerenciamento de todos os elementos da cadeia produtiva e ainda mais na sua interação com o meio ambiente externo.
Não obstante os maiores desafios para o aprimoramento dos mecanismos de rastreabilidade estarem sendo lançados pela grandes empresas, mormente grandes redes de supermercados e grandes atacadistas, as exigências decorrentes de sua adoção tem obrigado os fornecedores, de todas as dimensões a reverem seus conceitos de inovação e atualização, no sentido de se prepararem para atender aos requisitos associados aos programas de Garantia de Origem, adotados pelas grandes empresas compradoras.
Da fazenda ao consumidor final, o uso de padrões que servem como base para a troca de dados entre todos os elos da cadeia produtiva é essencial para implementar o processo de rastreabilidade do alimento orgânico. O padrão global GS1 de código de barras torna possível esta rastreabilidade, tanto no distribuidor quanto no varejista, permitindo identificar de forma inequívoca a origem dos produto e seu destino. Benefícios adicionais tornam o controle de estoque e o de prazos de validade no modo FIFO ( first in-first out ), mais eficientes.
Como estado da arte em sistemas de rastreabilidade, vale citar sua utilização baseada na web, através uma plataforma de integração de dados para que o consumidor possa acessá-las por um site ou celular.
Fontes: Save Associação ( www.save.org.br ) e Brasil em Código – GS1 Brasil ( www.gs1br.org )
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